Para quem nasceu, ou aprendeu a conviver e viver na cidade de Alvinópolis, a mesma torna-se inesquecivel.Mesmo distante,a gente quer participar,buscar soluções para os constantes problemas,quer sejam familiares, administrativos,ou até politicos.
Lembro-me com saudades de meu pai, e de meus avós Zico(pai) e Zé Tote e Naná (avós),que apesar de não serem nascidos na cidade,faziam questão de defende-la,de qualquer ameaça.Ameaças, principalmente dos saudenses, que julgavam ser a capital, ou a cidade polo da região.Tinham razão.Possuiam um comercio atuante,Agencias bancarias da caixa e do Bemge,linha ferroviaria, um padre que levava inumeros fiéis ao seu Santuario.
Alvinópolis, ao contrário tinha apenas uma agencia da Minascaixa,que á epóca não recebia duplicatas,não operava com comercios,não possuia sequer um bom armazém ( os melhores eram do Margarito e do Xico Soares),e apenas parte da Rua Fonseca,e Av Pe. Jose Marciano, asfaltadas; também um pedaço da Monsenhor Bicalho, até o Banco do Brasil.Mesmo assim, com toda esta dependencia de Dom Silvério, os alvinopolenses nunca abandonaram a cidade.Sempre sonharam, com dias melhores.
Lembro, quando um dos membros da familia Cordeiro, tradicional em Dom Silvério, falou para o meu avô,que ele deveria se mudar para a cidade(Dom Silvério), pois na ´´roça´´,ele não teria chances de crescer, e que eles estavam até negociando a ida da Fabril para a cidade. Ao que meu avô respondeu...Só mudo de lá, para a eternidade.Quero e vou ser enterrado naquele cemitério de Bambús. Palavras estas repetidas por meu pai, por ocasião em que eu, ele e minha mãe residimos em Conselheiro Lafaiete.
Apesar das lembranças, de pessoas que sempre viveram Alvinópolis,e que sonhavam com dias melhores, não se pode dizer,que a cidade ficou estagnada. Poderia ser melhor, é claro,mas oferece hoje condições melhores aos seus cidadãos. Os sonhos de ter uma faculdade,de oferecer mais beneficios,tanto em saúde, como educação,e beneficios para a população, aos poucos começam a aparecer.Bastante timidos é claro, mas estão aparecendo.
Os investimentos dos cidadãos alvinopolenses,principalmente os mais abastados,ainda não apareceram.Transformar a Cooperativa dos Produtores Rurais, em uma fábrica de laticinios,traria mais empregos e renda para a cidade.Cidades vizinhas, já praticam a industrialização do leite recolhido na cidade e até na região...Em Rio Piracicaba( Laticinios Chapada)Em Rio Doce( Laticinios Parma)em Ponte Nova(Laticinios Porto Alegre)em São Domingos do Prata(Laticinios DU Prata). Penso que não seria diferente em Alvinópolis,pois possui boa bacia leiteira,e existe mercado para produtos alimenticios.
O poder público poderia contribuir,para o incentivo á industrialização da cidade.Isto gera recursos,impostos, empregos,e ainda divulga o nome da mesma. Queremos e podemos ter uma cidade,para nos orgulharmos ainda mais.
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