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28 de março de 2009

Individualismo ou Legislação em causa própria...

Acompanhei hoje pela manhã, uma entrevista do Senador Cristovam Buarque,onde o mesmo foi bastante enfático ao afirmar que ``no Senado, primeiro separa o orçamento da casa,e se sobrar,verbas,serão destinadas a educação e outros projetos importantes,quando deveria ser ao contrário``.
Analisando a posição do Senador,a gente conclui que realmente deveria ser destinado ao povo,sem distinção de raça,cor,credo,e partidos políticos,os recursos arrecadados do próprio povo,e logicamente em acções que venham a beneficiar a maior quantidade de pessoas em um projeto.
Não é o que acompanhamos no dia a dia...
Empresários, empreiteiros,políticos,e porque não dizer, NÓS, buscamos a satisfação pessoal,as realizações de nossos sonhos,a nossa independência financeira se possível, através dos parcos recursos dos governos,quer sejam Federal,Estaduais ou Municipais,sem ao menos importar se o nosso semelhante está em pior situação que a nossa.
Este posicionamento ás vezes, aliado á cultura politica do país,muito ajuda aos governantes a trabalharem para uma minoria,visto que é entendido como ``compra de mais um mandato``,pois, estas pessoas em sua maioria têm voz ativa na comunidade.
Mesmo após tantas denuncias feitas pela imprensa,ainda observamos obras realizadas apenas para satisfação pessoal de empresários,principalmente no setor de construção civil.
Não precisamos ir longe...Aqui em Itabira temos obras realizadas, a procura de motivos para a sua realização...em Alvinópolis temos um Pré Ginásio no parque de Exposições,Temos uma imensa casa (sem acabamento)ao lado da futura policlínica,e outras mais ainda sem sentido.
Este dinheiro talvez pudesse construir casas populares para pessoas de baixa renda, talvez pudesse subsidiar um transporte coletivo na cidade (sair do Sousa ou da Rua de baixo,para trabalhar na Fabrica ou Bio Extratus sem transporte...)a construção da Cadeia(alvinopolenses ficam longe de suas famílias),do Terminal Rodoviário,e outras coisas que venham beneficiar a população no geral.
Gastar dinheiro com meia dúzia de pessoas,talvez porque tenham o mesmo ideal politico,é ridículo.
Devemos repensar antes de fazer qualquer solicitação ás vezes absurdas,como Shows em Bairros,e ás custas da administração publica.
Podemos começar a moralizar a politica,através de nossos atos.

15 de março de 2009

Alvinopolense...de carteirinha

Tive o prazer de ser, Diretor Social do Alvinopolense,tendo como presidente o manda chuva o SR Tuoula.Lógico que todas as ações eram coordenadas por ele,mas algumas idéias que apresentei foram utilizadas á epóca.
Uma das idéias foi aproveitar a cobertura criando um espaço para a guarda de alguns objetos,e tambem para ser usada para pequenas reuniões. A cobertura já era projeto,uma vez que as infiltrações na laje,criavam verdadeiras enchentes no salão principal.A ideia então,era fazer a cobertura mais alta,afim de se aproveitar o espaço.
Nesta epoca tivemos um baile inesquecivel,nas dependencias do AFC, com a orquestra 3 do Rio,grupo que apresentava frequentemente em programas de TV.
Mas nesta epoca tambem tinhamos a saudosa Terezona.
Tomava conta do Alvinopolense, igual a casa dela, aliás, era a casa dela.Desde que o Sr Ernesto de Souza, foi presidente do clube, que Tereza, passou a morar nas dependencias do clube.
Fazia todo o serviço de fachina,deixava talheres e copos, brilhando. Encerava o salão para os bailes e eventos de formaturas,casamentos,etc.
Só tinha um detalhe, fazia questão de participar de todas as festas,inclusive dos bailes.
Lembro de um baile de formatura,que a Terezona, dormiu mais cedo, e por volta das duas da manhã,desceu para o salão,despenteada,saia suja e rasgada, e caiu na folia.Até parecia que tinha bebido.
Neste dia Tuoula selou a sua transferencia....Construiu uma casa lá no bairro do asilo,e levou Terezona prá lá,logicamente a contragosto da mesma.
Terezona,como era chamada,deixou de ver a avenida da sacada do Alvinopolense,mas não deixou de ser uma Alvinopolense de carteirinha.

7 de março de 2009

Zico de Zé de Tote

Meu pai.......

Com saudades, lembro do sapateiro,confeccionando sapatos,botinas,e sobretudo consertando velhos calçados,que áquela época não tinham plasticos,colas,e ou outros produtos descartavéis.

Sapatos eram confeccionados com couro, sola,ás vezes pedações de pneu e sobretudo pregos e taxinhas,para fixação.Tinta e graxa davam o acabamento final.

Sapatos de quase toda familia alvinopolense, passaram pelas mãos do velho e inesquecivel Zico que com carinho restituia a beleza e conforto para os pés dos conterraneos.

Zico não nasceu em Alvinopolis, mas tinha em Alvinopolis sua terra natal,e quando se ausentava da cidade,mesmo que por pouco tempo,lamentava estar longe, e por várias vezes pediu que mesmo, distante,se viesse a morrer, teria de ser levado para o BAMBÚ, onde hoje repousa para sempre.

Com o advento de novas fábricas de calçados,o Oficio de Sapateiro passou a ter cada dia menos fregueses,e foi nessa época que Janjão, então comerciante local, sugeriu ao Zico que montasse um comercio de generos alimenticios,onde poderia ter mais rentabilidade,e oferecer mais tranquilidade á sua familia.

E ai foi o Zico, lá em Dom Silvério, e com aval do Janjão fez sua primeira compra para a inauguração da mercearia, que não durou dois dias. Quando chegou com a mercadoria, ouviu de seu pai Zé de Tote,que a concorrencia entre pai e filho era desleal,uma vez que o proprio Zé de Tote, já estava estabelecido com mercearia,na esquina da rua fonseca com a rua do hospital.

Zico então repassou toda a mercadoria para o Zé Ribeiro,e voltou ao oficio de sapateiro.

Somente após o seu pai fechar o comercio,e mudar para a baixada,é que ele veio a se estabelecer de novo no ramo e oferecer um padrão de vida melhor para sua familia.

Nunca abandonou seus principios de religiosidade,indo á missa todos os domingos, o seu time do coração, o Alvinopolense, e a cidade que adotou como sua cidade natal.

Saudades foi a marca deixada,e Bambas do Gaspar, o legado.