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5 de setembro de 2013

Saudades....

Meio dia, depois do almoço, eu ainda criança,costumava ficar na sacada da casa dos meus pais, na Rua Fonseca, observando o grande transito, de Carroças, charretes e dos famosos cantadores Carros de Bois. Lenha, Leite,rapadura, pinga, tudo  que vinha da roça eram em carros de bois.Fueiros para aumentar a capacidade de carga,cerca com taquara tecida em volta da carroça, para transportar espigas de milho, por exemplo.Quando um destes parava na porta lá de casa, e descarregava (milho,lenha,etc,)não precisava o pai chamar.Podia descer que tinha serviço.
                                                                                 Mas, o mais bonito era o ´´cantar´´ dos carros.O atrito do eixo, de madeira com a madeira que segurava a caçamba, untados com oleo de mamona, ou azeite,criavam o barulho,que diferenciavam os carros, uns dos outros. O carro da Fazenda Velha,normalmente com 03 juntas de bois, na minha lembrança, era o que tinha o cantar mais bonito.Tinha também o carro da Fazenda dos Coelhos,e outros que não lembro os donos,mas que também faziam a alegria com o seu cantar. Passavam pela Rua Fonseca, e seguiam pela Rua do Hospital,e Avenida Antonio Carlos,uma vez que não podiam passar pela Av Pe.Marciano, pois ´´era´´ asfaltada  até onde hoje é o Banco do Brasil.
                                                                                 Com o advento dos calçamentos nas ruas de Alvipa,foi proibido o transito dos carros de bois,permitindo apenas carroças e charretes.acabando o encanto das musicas de carros de bois. Em muitas cidades,principalmente do norte e noroeste de Minas,ainda realizam carreatas,e festas de carros de bois.Aliás, possui até um site intitulado ``Carro de Boi´´,que divulga estas festas.O carro de boi,realmente ficou na lembrança,com seu cantar estridente, e hoje em dia, mesmo andando pelas roças tanto em Alvinópolis,quanto na região, não encontramos mais esta jóia.  

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